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Elisa Ferreira: Banca portuguesa está a caminho da estabilização, mas “os riscos” continuam.

A vice-Governadora do Banco de Portugal que tem o pelouro da supervisão diz em entrevista à Antena 1 que “a Banca portuguesa intervencionada está a caminho da estabilização, mas os riscos continuam”, sem no entanto detalhar. “O risco de uma nova crise vem da nova economia, das bitcoins e dos chamados bancos sombra”, defendeu na mesma entrevista Elisa Ferreira.
21 Setembro 2018, 20h54

Elisa Ferreira, vice-Governadora do Banco de Portugal, disse em entrevista  à Antena 1 que não se pode garantir que “a banca portuguesa – ou outra – esteja a salvo de novos sobressaltos. É impossível garantir que não há risco”.

A vice-Governadora alertou ainda que “são os cidadãos têm de se responsabilizar pelas suas decisões de investimento financeiro e que não podem atirar essa responsabilidade para Governos e Reguladores”.

A vice-Governadora que tem o pelouro da supervisão diz que “a Banca portuguesa intervencionada está a caminho da estabilização, mas os riscos continuam”, sem no entanto detalhar.

“O risco de uma nova crise vem da nova economia, das bitcoins e dos chamados bancos sombra”, defendeu na mesma entrevista Elisa Ferreira.

(Corrige referência indevida ao Negócios) 

A vice-Governadora do Banco de Portugal identifica nesta altura outros fatores de risco de nova Crise: “o financiamento do terrorismo e lavagem de dinheiro em paraísos fiscais”.

Elisa Ferreira, que foi eurodeputada eleita pelo PS durante 12 anos, tendo sido uma das principais responsáveis pela arquitetura da União Bancária, considera que o facto de esta não estar ainda completa é mais um dos fatores de risco de Crise. Esta ideia já repetida em vários fóruns voltou a ser tema da entrevista. “Falta o Fundo Europeu de Depósitos, que não existe por falta de vontade política da Alemanha, mas não só. E quando a Alemanha não quer, não acontece”, disse.

A responsável pela supervisão bancária  defende que para Portugal ter força na Europa tem de se mostrar unido aos olhos da Europa ao contrário de hipervalorizar diferenças. E que utilizar a rede portuguesa fora de Portugal é essencial. Considera ainda “que o exemplo de estabilidade política que o país tem dado nos últimos anos é positivo para a defesa do interesse nacional, porque é valorizado em termos europeus”.
Elisa Ferreira vice-Governadora do BdP, foi ministra dos Governos de António Guterres durante seis anos, primeiro do Ambiente, depois do Planeamento, foi 12 anos eurodeputada, e não aceitou candidatar-se ao lugar de Supervisão Bancária do Banco Central Europeu.
(em atualização)

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