Nuno Vasconcelos vai ser ouvido por videoconferência na Comissão Parlamentar de Inquérito

O ex-dono de uma das maiores devedoras ao Novo Banco, a Ongoing, dona do Diário Económico, mostrou-se disponível para responder por videoconferência pela Comissão Parlamentar de Inquérito às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução. No entanto ainda não está agendada a audição por causa do fuso horário, segundo revelou o presidente da CPI ao Jornal Económico.

Nuno Vasconcelos, acionista e ex-presidente Ongoing, mostrou disponibilidade à comissão liderada por Fernando Negrão para ser ouvido pela comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco através de videoconferência.

“Recebemos uma comunicação de um representante em Portugal de Nuno Vasconcelos, ex-presidente da Ongoing, dando conta que pretende ser ouvido por videoconferência ou por escrito”, disse o presidente da Comissão, o deputado Fernando Negrão, antes da audição a Eduardo Stock da Cunha no passado dia 4 de maio.

Recorde-se que Nuno Vasconcelos vive no Brasil e a Comissão Parlamentar de Inquérito teve dificuldade de contactar um dos maiores devedores do Novo Banco que herdou do BES uma dívida que ronda os 600 milhões de euros. O grupo Ongoing faliu em 2016 e não tem património para pagar o crédito.

Segundo revelou na sua audição o Novo Banco, já depois da Resolução do BES aumentou ligeiramente a sua exposição a uma subsidiária da Ongoing, a Ongoing Media, no âmbito de um processo de venda que não chegou a bom porto. Na Ongoing, de Nuno Vasconcelos, “houve um aumento de exposição de 3 milhões de euros”, num financiamento direcionado para a área de media da empresa, numa situação global de uma dívida superior a 500 milhões de euros do grupo ao banco, reconheceu o ex-CEO do banco.