A Associação da Hotelaria de Portugal enviou à Câmara Municipal de Lisboa, a pedido da própria, um conjunto de medidas, que vêm no seguimento das que foram enviadas em abril deste ano, e que são orientadas para dois eixos: promoção turística; e serviços municipais, rendas, taxas/tarifas e impostos municipais.
Para Raul Martins, presidente da AHP, “as medidas que venham a ser implementadas devem ser orientadas quer para o apoio à sobrevivência das empresas, como estímulo ao turismo interno e espanhol no que resta do verão e outono, mas também como medidas de mais longo alcance, para a retoma progressiva do setor. Sem empresas não haverá seguramente retoma do turismo.”
Entre as medidas apresentadas pela AHP à autarquia presidida por Fernando Medina destaca-se, “no imediato, e aproveitando a realização da ‘Champions League’ em Lisboa, ainda que com as expectáveis limitações, organizar ‘fam trips’, personalizadas e altamente qualificadas, para os jornalistas que vêm acompanhar esse evento”.
Por outro lado, “dada a total ausência de turismo na cidade”, a AHP sugere “criar estímulos dirigidos para a pouca procura que temos, mas que estimule a economia local: atribuição de um ‘voucher’/vale de desconto a ser utilizado por cada turista que pernoite em estabelecimentos hoteleiros e alojamento local coletivo (‘hostels’ e ‘guesthouses’), por um mínimo de três noites, no valor de 50 euros por pessoa, para que este possa, à sua escolha, descontar em serviços turísticos optando por utilizar esse valor em mais uma noite no alojamento; em equipamentos culturais; em restaurantes, casas de fado, adegas; numa atividade de animação turística; etc”.
“Os ‘vouchers’ serão dados aos hóspedes pelo próprio estabelecimento em que esses se alojem”, adianta a AHP.
Outra medida proposta à CML passa por “reforçar a alocação das verbas de promoção da Associação de Turismo de Lisboa, por forma a contribuir para colocar Lisboa no ‘top of mind’ das escolhas de indecisos de última hora e de público em geral que adiou a o projeto de viagem através de: a) campanha de comunicação de relançamento do destino nos mercados de dimensão que nos podem visitar fácil e convenientemente de automóvel; b) potenciar instrumentos de incentivos de apoio à captação de rotas aéreas para a cidade, em parceria com a ANA – Aeroportos, a RENA – Associação das Companhias Aéreas em Portugal/Airline Association Portugal e o Turismo de Portugal; c) incrementar novos instrumentos de apoio à comercialização das empresas”.
Tornar os transportes públicos gratuitos para todos os turistas hospedados em empreendimentos turísticos e alojamento local coletivo durante o período da sua estadia, residentes e trabalhadores até março de 2021; e isentar os hóspedes dos empreendimentos turísticos e alojamento local coletivo do pagamento de entradas em todos os espaços culturais e equipamentos geridos pela Câmara Municipal (via EGEAC ou Associação de Turismo de Lisboa), até março de 2021 são outras duas medidas propostas pela AHP.
“Esta novas propostas são dirigidas à Câmara Municipal de Lisboa, que nos auscultou para o efeito, mas são suscetíveis de ser seguidas por outros municípios, especialmente aqueles que cobram taxas turísticas. Não nos podemos esquecer que as empresas hoteleiras estão entre as que pagam mais taxas e impostos às cidades, mais ainda junto das que têm taxa turística, pelo que é chegado o momento dos municípios estarem ao lado de quem os tem ajudado ao longo dos anos”, conclui Raul Martins.
A AHP recorda ainda que tem vindo a fazer sucessivas propostas de apoio às empresas do setor, bem como à retoma da atividade turística, quer ao Governo, quer às Câmaras Municipais.
No caso específico dos municípios, a AHP enviou propostas não apenas às Câmaras Municipais, mas também à Associação Nacional de Municípios Portugueses, insiste a associação.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com