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Associação da Hotelaria de Portugal propõe novas medidas à Câmara de Lisboa

Organização de viagens familiares, atribuição de ‘vouchers’, transportes públicos gratuitos para parte dos turistas, assim como entradas gratuitas nos espaços culturais geridos pela autarquia são algumas das medidas propostas pela associação.
27 Julho 2020, 15h02

A Associação da Hotelaria de Portugal enviou à Câmara Municipal de Lisboa, a pedido da própria, um conjunto de medidas, que vêm no seguimento das que foram enviadas em abril deste ano, e que são orientadas para dois eixos: promoção turística; e serviços municipais, rendas, taxas/tarifas e impostos municipais.

Para Raul Martins, presidente da AHP, “as medidas que venham a ser implementadas devem ser orientadas quer para o apoio à sobrevivência das empresas, como estímulo ao turismo interno e espanhol no que resta do verão e outono, mas também como medidas de mais longo alcance, para a retoma progressiva do setor. Sem empresas não haverá seguramente retoma do turismo.”

Entre as medidas apresentadas pela AHP à autarquia presidida por Fernando Medina destaca-se, “no imediato, e aproveitando a realização da ‘Champions League’ em Lisboa, ainda que com as expectáveis limitações, organizar ‘fam trips’, personalizadas e altamente qualificadas, para os jornalistas que vêm acompanhar esse evento”.

Por outro lado, “dada a total ausência de turismo na cidade”, a AHP sugere “criar estímulos dirigidos para a pouca procura que temos, mas que estimule a economia local: atribuição de um ‘voucher’/vale de desconto a ser utilizado por cada turista que pernoite  em estabelecimentos hoteleiros e alojamento local coletivo (‘hostels’ e ‘guesthouses’),  por um mínimo de três noites,  no valor de 50 euros por pessoa, para que este possa, à sua escolha, descontar em serviços turísticos optando por utilizar esse valor em mais uma noite no alojamento; em equipamentos culturais; em restaurantes, casas de fado, adegas; numa atividade de animação turística; etc”.

“Os ‘vouchers’ serão dados aos hóspedes pelo próprio estabelecimento em que esses se alojem”, adianta a AHP.

Outra medida proposta à CML passa por “reforçar a alocação das verbas de promoção da Associação de Turismo de Lisboa, por forma a contribuir para colocar Lisboa no ‘top of mind’ das escolhas de indecisos de última hora e de público em geral que adiou a o projeto de viagem através de: a) campanha de comunicação de relançamento do destino nos mercados de dimensão que nos podem visitar fácil e convenientemente  de automóvel; b) potenciar instrumentos de incentivos de apoio à captação de rotas aéreas para a cidade, em parceria com a ANA – Aeroportos, a RENA – Associação das Companhias Aéreas em Portugal/Airline Association Portugal e o Turismo de Portugal; c) incrementar novos instrumentos de apoio à comercialização das empresas”.

Tornar os transportes públicos gratuitos para todos os turistas hospedados em empreendimentos turísticos e alojamento local coletivo durante o período da sua estadia, residentes e trabalhadores até março de 2021; e isentar os hóspedes dos empreendimentos turísticos e alojamento local coletivo do pagamento de entradas em todos os espaços culturais e equipamentos geridos pela Câmara Municipal (via EGEAC ou Associação de Turismo de Lisboa), até março de 2021 são outras duas medidas propostas pela AHP.

“Esta novas propostas são dirigidas à Câmara Municipal de Lisboa, que nos auscultou para o efeito, mas são suscetíveis de ser seguidas por outros municípios, especialmente aqueles que cobram taxas turísticas. Não nos podemos esquecer que as empresas hoteleiras estão entre as que pagam mais taxas e impostos às cidades, mais ainda junto das que têm taxa turística, pelo que é chegado o momento dos municípios estarem ao lado de quem os tem ajudado ao longo dos anos”, conclui Raul Martins.

A AHP recorda ainda que tem vindo a fazer sucessivas propostas de apoio às empresas do setor, bem como à retoma da atividade turística, quer ao Governo, quer às Câmaras Municipais.

No caso específico dos municípios, a AHP enviou propostas não apenas às Câmaras Municipais, mas também à Associação Nacional de Municípios Portugueses, insiste a associação.

 

 

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