[weglot_switcher]

Centros comerciais querem abrir sem restrições em Lisboa

Com a região da grande Lisboa em suspenso, “restringir a operação dos centros comerciais situados na AML nesta terceira fase de desconfinamento foi frustrante para toda a indústria”, afirmou o presidente da Associação Portuguesa de Centros Comerciais.
4 Junho 2020, 12h02

Com a decisão da abertura dos centros comerciais da Área Metropolitana de Lisboa (AML) pendentes da reunião de hoje do Conselho de Ministros, a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) pediu ao Governo permissão para que todos os lojistas retomem a atividade.

A retoma da atividade por parte dos lojistas iria reforçar que “os centros comerciais têm mostrado a capacidade de garantir a segurança de visitantes, lojistas e colaboradores”, além de alertar “para o impacto dramático de um eventual prolongamento das limitações para todos os intervenientes nesta cadeia de valor”.

Segundo a APCC, a AML concentra 35% dos centros comerciais do país, sendo que estes asseguram 50% do emprego total gerado pelo setor a nível nacional.

A decisão de adiar a abertura dos centros comerciais na Grande Lisboa deveu-se ao aumento de casos em Lisboa e Vale to Tejo, nomeadamente no concelho de Lisboa.

António Sampaio de Mattos, presidente da APCC, afirmou que “é urgente que as limitações sejam levantadas”. “Os centros comerciais associados da APCC investiram para adaptar os seus espaços e formar as suas equipas de modo a continuar a garantir a visitantes, lojistas e colaboradores das lojas todas as condições de segurança sanitária”.

“Estes espaços minimizam o risco de contágio, não o agravam, permitindo à população aceder a um conjunto significativo de bens e serviços numa ambiente com acesso limitado e controlado, e onde as boas práticas dos visitantes são monitorizadas e geridas por equipas profissionais de modo a minimizar os riscos”, acrescentou o presidente da APCC.

Com a abertura dos centros comerciais no resto do país na passada segunda-feira, 1 de junho, estes têm demonstrado que “estão preparados para funcionar segundo as regras determinadas pelo Governo e pela Direção-Geral da Saúde”, afirma a APCC em comunicado.

“Os centros comerciais estão a operar com a limitação máxima de cinco visitantes por cada 100 metros quadrados de área destinada ao público, o que dá total garantia de distanciamento social entre os seus visitantes”, aponta o responsável da organização.

“O tráfego tem sido compatível com as lotações máximas definidas por lei, as regras de distanciamento têm sido cumpridas, a utilização das instalações sanitárias tem sido feita com total respeito pela higienização e desinfeção, o uso de tapetes e escadas rolantes e elevadores tem decorrido sem qualquer problema”, acrescentando que “o funcionamento dos restaurantes e a utilização dos food-couts tem cumprido escrupulosamente as regras determinada, a disponibilização de informação e de gel-desinfetante tem incutido uma confiança acrescida nos visitantes”, afirma António Sampaio de Mattos.

Com Lisboa e Vale do Tejo em suspenso, “restringir a operação dos centros comerciais situados na AML nesta terceira fase de desconfinamento foi frustrante para toda a indústria”. Muitos centros comerciais já tinham terminado a limpeza e desinfeção das áreas, colocando todas as indicações necessárias para o novo normal quando o Governo anunciou que iria adiar a abertura dos centros em Lisboa.

“Esta situação é extremamente preocupante e delicada para todos os intervenientes desta cadeia de valor. Os lojistas que permanecerem impedidos de abrir portas ficarão numa situação dramática. Tal como assistimos na abertura da totalidade das actividades nos centros comerciais localizados fora da AML, os centros comerciais são dos espaços mais bem preparados para garantir a segurança de visitantes, lojistas e colaboradores no âmbito da sua operação”, refere António Sampaio de Mattos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.