Até ao momento, Espanha contabiliza 20 milhões de doses administradas contra a Covid-19, sendo que dessas, apenas 6,5% (ou 13% da população) está totalmente imunizada. E embora o número de contágios no país continue elevado (há cerca de 173 casos por cada 100 mil habitantes), as restrições e a vacinação permitiram baixar o número de mortes por Covid-19. Desde final de janeiro, as mortes por Covid-19 a cada semana baixaram 90%, noticia o jornal “El País”, esta quinta-feira. A vacina contra a covid-19 protege as pessoas da doença grave e da morte.
À semelhança de Portugal — que arrancou com a vacinação a 27 de dezembro de 2020 — em Espanha o processo de vacinação priorizou os lares de idosos e outros grupos prioritários mais vulneráveis. Os efeitos da vacinação na prevenção de óbitos começaram a ser visíveis durante a durante a terceira vaga da pandemia no país (em que se chegou a registar 900 casos por cada 100 mil habitantes, no final de janeiro), sobretudo nas faixas etárias mais elevadas – as mais susceptíveis a terem complicações pela doença e também, por isso, os primeiros a serem vacinados.
Na última semana de janeiro, — altura em que também Portugal atravessava uma terceira vaga — houve 778 idosos que morreram em lares com a doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2. Já entre 26 de abril e 2 de maio, foram registadas apenas seis mortes. A nível nacional, Espanha tem registado uma média de 52 mortes diárias de pessoas com Covid-19.
Olhando para os dados, 89% dos maiores de 60 anos têm pelo menos uma dose, tendo já influenciado a curva epidemiológica do país. Sem contar com os lares, a população com mais de 80 anos já completou a vacinação, sendo que o grupo dos 70 aos 79 está 50% vacinado.,
Tudo isso, junto com a queda da transmissão devido às restrições sociais impostas, impactou na diminuição no número de mortes em Espanha de forma geral: 3.722 na última semana de janeiro para 366 de de 26 de abril a 2 de maio, segundo dados consolidados da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica.
“Não podemos aceitar 80 ou 50 mortes diárias. Tornámos este número num indicador e não vemos as pessoas que estão por trás. Estamos anestesiados”, comenta o antigo responsável da Organização Mundial de Saúde, Daniel López-Acuña, citado pelo El País.
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