Graça Freitas, responsável máxima da Direção-Geral de Saúde, realçou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que poderemos não assistir a um pico de casos de infeções por Covid-19 em Portugal e que o que pode acontecer é que, uma vez atingido o máximo de casos, poderemos continuar nesse máximo durante alguns dias ou mesmo semanas.
“Como devem já ter percebido pelos boletins há uma tendência para termos retardado um bocadinho a velocidade com que a curva está a subir, o que é que isto quer dizer? Que à medida que retardamos a aceleração da curva, o pico vai diferindo no tempo para mais adiante”, começou por dizer a diretora-geral da Saúde esta sexta-feira.
“Neste momento, de acordo com os dados que temos, e com a evolução da nossa curva, tudo indica que o período será diferido para mais tarde, nunca antes, provavelmente do mês do mês de maio, mais isto são previsões, vale o que vale”, afirmou Graça Freitas.
“A indicação dos nossos matemáticos, os académicos que fazem a modelação, é que o pico não será um momentâneo instantâneo no tempo, nem é isso que nos queremos, será de facto um planalto. Se calhar temos de começar a falar em planalto, quando chegarmos ao máximo dos casos da curva, andaremos ali alguns dias, provavelmente algumas semanas, ate porque nos já sabemos que esta doença dura muito tempo, portanto temos de ter esta ideia que não vamos chegar a um dia X, atinge-se o pico e começa-se logo a descer, não, teremos o tal planalto, como se esta a verificar noutros países”, explicou a responsável.
Os dados divulgados esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) indicam a existência de 4.268 casos confirmados e 76 mortes. Existem ainda 43 casos recuperados em Portugal.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com