[weglot_switcher]

Marcelo inicia esta terça-feira reuniões para avaliar renovação do Estado de Emergência

O Presidente da República diz que não faz sentido pronunciar-se sobre o assunto sem primeiro ouvir os especialistas. “Eles nos dirão onde é que estará o pico [do vírus], como será a evolução até depois do pico, isto é o panorama sanitário”, refere.
30 Março 2020, 17h36

Marcelo Rebelo de Sousa inicia esta terça-feira reuniões para avaliar uma renovação do Estado de Emergência em Portugal devido ao surto do coronavírus. O Presidente da República falou à imprensa esta segunda-feira em Belém, onde referiu que “não vale apena estar fazer cenários sem primeiro ouvir os especialistas”.

“Na reunião de amanhã de manhã ouviremos os membros do Governo, partidos políticos e pela primeira vez os conselheiros de Estado e também os especialistas. Eles [especialistas] nos dirão onde é que estará o pico [do vírus], como será a evolução até e depois do pico, isto é o panorama sanitário”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República sublinhou que depois irá ouvir o parecer do Governo, que reúne no dia 1 de abril e que irá pronunciar-se sobre a renovação do Estado de Emergência e sobre o que pode ser introduzido no conteúdo dessa renovação. “Nesse dia ao fim da tarde enviarei para o Parlamento já com o resultado das conversas que estão em curso e nessa altura estou em condições de propor um determinado texto que é necessário para a atual situação”, frisou.

O Presidente da República foi também questionado sobre a conversa que teve com o seu homólogo italiano Sérgio Mattarela, tendo referido que “a Itália está convencida de que em breves dias entra numa viragem da curva, o que significa um decrescimento de casos diários. Expliquei-lhe a situação portuguesa, que começou mais tarde e está a ter uma evolução diferente até agora”.

Sobre as críticas de Rui Moreira ao eventual cerco sanitário no concelho do Porto proposto pela Direção Geral de Saúde, Marcelo Rebelo de Sousa explicou que “o país tem mostrado uma unidade nacional. Começa nos portugueses e continua nos políticos que devem corresponder a esta unidade dos portugueses. Isto não quer dizer que não exista neste processo que é dinâmico e difícil, de repente situações em que surge um reparo ou preocupação de um autarca”.

O Presidente da República tem recebido várias entidades empresariais. Hoje foi a vez Confederação do Comércio e Serviços de Portugal e da Confederação do Turismo. “O que ouvi hoje foi o retrato da situação, que é diferente: no comércio há uma parte a trabalhar e queria dirigir o meu agradecimento àqueles que estão a trabalhar, porque, nomeadamente no comércio alimentar ou de bens essenciais é fundamental para que a economia do país e a sociedade não parem”, sublinhou.

Já sobre o turismo Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “infelizmente o panorama é praticamente de 0%, como noutros países, há uma paragem quase completa da atividade. Mas por outro lado, foi reconhecido que é importante ter no terreno as medidas económicas e sociais aprovadas pelo Governo. Ambos falaram no lay-off e que é importante que ele seja aplicado no mais rápido espaço de tempo possível”.

O Presidente da República aproveitou para reforçar a ideia de que “o país não pode parar económica e socialmente. É muito importante que no segundo semestre deste ano possamos fazer um começo de recuperação de um trimestre pesado, como está ser aquele que estamos a viver”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.