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“Não podemos perder tempo”. Itália manda encerrar restaurantes e espaços públicos e incentiva o teletrabalho

“Temos de adotar as medidas para evitar um novo confinamento generalizado”, apelou Giuseppe Conte, primeiro-ministro italiano, durante a apresentação de novas medidas.
  • Itália
19 Outubro 2020, 12h41

O governo liderado por Giuseppe Conte anunciou, este domingo, novas medidas de prevenção contra a Covid-19 que entraram em vigor a partir da meia noite, desta segunda-feira, de modo a “evitar um novo confinamento generalizado”.

A partir de hoje, 19 de outubro, todas as Câmaras Municipais do país terão o poder de encerrar todas áreas públicas, como praças e ruas com maior movimentação a partir das 21h00 de forma a limitar os ajuntamentos que são vistos como principal motivo de contágio da Covid-19.

Os restaurantes, que terão de indicar no exterior a sua lotação máxima, só podem ter seis pessoas por mesa e devem fechar o mais tardar à meia-noite, enquanto os bares às 18 horas, isto se não tiverem serviço de mesa.

“Não podemos perder tempo”, assegurou Conte este domingo, quando anunciou as novas medidas já em vigor. “Não podemos permitir outro confinamento. Iria comprometer severamente toda a nossa economia”, ressalvou.

Outras medidas introduzidas incluem o incentivo ao ensino à distância para os alunos mais velhos e horários faseados de entrada nas escolas para outros alunos.

O regime de teletrabalho deve ser estendido a 75% dos funcionários do setor público, uma regra recomendada às empresas privadas. As reuniões de trabalho devem ser feitas preferencialmente por videoconferência.

O teletrabalho permitirá reduzir a pressão sobre os transportes públicos, que devem limitar a sua lotação, especialmente nas horas de ponta, para salvaguardar o devido distanciamento físico entre passageiros.

Os festivais e feiras locais, que representam 34 mil empregos e 900 milhões de euros de faturação anual, passam a estar interditos, tal como os desportos coletivos amadores.

No domingo, as autoridades sanitárias em Itália registaram o maior aumento de diagnósticos positivos, somando 1.705 novos casos de infeção da Covid-19 nas últimas 24 horas, quase mais 800 do que no sábado.

A pandemia da Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e quase 40 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (43.646 mortos, mais de 722 mil casos), seguindo-se Itália (36.543 mortos, mais de 414 mil casos), Espanha (33.775 mortos, mais de 936 mil casos) e França (33.392 mortos, mais de 867 mil casos).

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