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Pedro Nuno Santos: “Teremos de encontrar o equilíbrio em negociação com a Comissão Europeia, que será dura”

Em entrevista ao “Jornal de Negócios”, o ministro refere que a cooperação entre a empresa brasileira e a TAP é para manter e chama ao presidente da Barraqueiro, Humberto Pedrosa, um “empresário patriota”.
  • Pedro Nuno Santos
6 Julho 2020, 09h04

O ministro das Infraestruturas e da Habitação admite que as negociações com a Comissão Europeia sobre a reestruturação da TAP serão duras, mas recusa falar num “filme de terror”.

“Temos de encontrar o equilíbrio entre a reestruturação que garanta condições de viabilidade à empresa e uma determinada dimensão que não retire capacidade de dar à economia aquilo que achamos que pode dar. Este equilíbrio não é fácil e vamos ter de o encontrar em negociação com a Comissão Europeia, que será inevitavelmente uma negociação dura. Não tem é de ser o filme de terror que alguns dizem”, afirmou.

Em entrevista ao “Jornal de Negócios”, divulgada na edição desta segunda-feira, Pedro Nuno Santos tece ainda elogios tanto a David Neeleman como a Humberto Pedrosa, garantindo que a cooperação entre a empresa brasileira e companhia aérea é para manter e que o presidente da Barraqueiro é um “empresário patriota”. No entanto, confessa que Humberto Pedrosa, que fica com uma posição de 22,5% da TAP, “esteve disponível desde a primeira hora” para aceitar as condições do Governo, ao contrário de David Neeleman.

Em declarações ao jornal de economia, o governante diz também que o decreto de nacionalização estava preparado para ser aprovado em Conselho de Ministros. “Provavelmente, se a possibilidade de nacionalizar não fosse credível não tínhamos conseguido fechar o acordo. Estivemos perto”, explicou, recusando fazer previsões em relação aos cortes de rotas ou mesmo de pessoal na TAP.

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