O motorista do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita foi acusado de homicídio por negligência esta sexta-feira, 3 de dezembro, pelo acidente que vitimou um trabalhador de uma empresa ligada à Brisa. Saiba tudo o que se conhece sobre o caso.
Quando aconteceu o acidente de viação?
Foi a 18 de junho que o motorista de Eduardo Cabrita matou na A6, Nuno Santos, de 43 anos, que levava a cabo trabalhos na via.
A que velocidade seguia o veículo?
O condutor, Marco Pontes, seguia na via da esquerda a uma velocidade de 166 km/ hora, segundo informação avançada pelo “Observador” que consultou o despacho da acusação.
O que diz a investigação?
Marco Pontes foi acusado de homicídio negligente e a investigação concluiu que apesar das obras junto à faixa lateral direita da autoestrada, que não havia trânsito, e como tal não “se justificou a opção pela condução pela via da esquerda”.
A Brisa confirmou que não havia sinalização?
O MAI sublinhou não havia sinalização, no entanto, essa ideia foi rejeitada pela Brisa que assegurou “a sinalização dos trabalhos de limpeza realizados na berma direita da A6 estava a ser cumprida pela ArquiJardim”.
Como reagiu Eduardo Cabrita inicialmente?
Numa primeira fase, o ministro da Administração Interna recusou demitir-se pelo sucedido e empurrou a decisão para o primeiro-ministro, António Costa. “As estruturas da Administração Interna não deixarão de prestar toda a colaboração necessária a todos os pedidos ao apuramento da total caracterizarão do que ocorreu”, referiu.
Qual a reação de Eduardo Cabrita à acusação do seu motorista?
Minutos depois de ser conhecida a acusação do motorista, Eduardo Cabrita foi questionado sobre o assunto. Desta vez afirmou ser apenas um “passageiro”. “É o estado de direito a funcionar, é essa a confiança que sempre tenho nas instituições. As condições do atravessamento de via têm de ser esclarecidas no quadro do acidente”, completou.
O que diz a família e advogado?
Nesta fase do processo o advogado defende que a família deve ter “acesso a mais informação”. Por sua vez, a mulher de Nuno Santos concorda com esta perspetiva. “Não consigo perceber porque está em segredo de justiça”, disse em entrevista à SIC, acrescentando que nem teve “direito à autopsia” do marido.
O Parlamento chegou a proceder a uma Comissão de Inquérito?
A 15 de outubro o Parlamento chumbou a comissão de inquérito ao acidente com carro de Eduardo Cabrita, pedida pelo Chega, com votos contra PS, BE, PCP, Os Verdes, PSD e PAN.
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